SÉRIE: ORAÇÃO DO PAI NOSSO – PARTE 5
Texto base: MATEUS 6.9-13
Texto áureo:
“O pão nosso de cada dia dá-nos hoje” (RA)
“Dá-nos hoje o alimento que precisamos” (NTLH)
INTRODUÇÃO:
Desde os tempos mais antigos a palavra “pão” vem sendo usada para indicar o alimento em geral.
Visto que era o artigo forte da alimentação, era chamado de “sustento” do pão (Lv 26.26) O que provavelmente é a origem da frase “sustento da vida”.
O pão desde os tempos antigos era usado nas refeições sagradas (Gn 14.18), e em certas ofertas também eram incluídos pães (Lv 21.6).
Acima de tudo, o pão gozava de posição no santuário, na forma de pães da proposição, literalmente, “pães da presença”.
O maná foi posteriormente chamado de “pão do céu” (Sl 105.40).
Jesus se define como o pão que dá a vida eterna a quem o come. Essa é a diferença com maná do deserto, que além de ser pão perecível, não podia impedir a morte de quem o comia. Em contraposição, Jesus declara: "Eu sou o pão vivo que desceu do céu: aquele que come deste pão viverá para sempre. E o pão que eu darei é minha carne para a vida do mundo".
Nosso Senhor Jesus referiu-se a Si próprio como o “pão de Deus” e como o “pão da vida” (Jo 6.33 e 35), e escolheu o pão da Páscoa para ser o memorial simbólico de seu corpo partido.
Entender o pão narrado na oração do pai nosso, na ótica do Cristo, é muito mais do que um sentido figurado, e sim, saciar a nossa fome física, nossa fome psíquica, emocionais, mais absolutamente ele está falando de nossa fome da alma. Fome da alma!
Fome mais profunda mais essencial.
Vemos razões para crer numa provisão de Deus para as nossa fome espiritual. Jesus não está preocupado com a nossa sobrevivência no mundo. Tanto é que a palavra nos mostra essas razões:
1. Mateus 6.25
“não se preocupem com ao comida e com a bebida que precisam para viver nem com a roupa que precisam para se vestir! Afinal será que a vida não é mais importante que a comida?”
2. Mateus 4.4
“Nem só de pão viverá o homem, Mais de toda palavra que procede da boca de Deus”.
3. Lucas 10.41,42
“Marta! Marta! você está preocupada e inquieta com muitas coisas, Maria porem escolheu a melhor parte”.
4. João 6.26,27,53,48
“Jesus respondeu: - eu afirmo a vocês que isto é verdade: vocês estão me procurando porque comeram os pães e ficaram satisfeitos e não porque entenderam os meus milagres. Não trabalhem a fim de conseguir a comida que se estraga, mas a fim conseguir a comida que dura para a vida éter. O Filho do homem dará essa cmida a vocês por que Deus , o Pai deu provas de que ele tem autoridade.”
“Então Jesus disse: - Eu afirmo a vocês que isto é verdade: se vocês não comerem a carne do Filho do Homem e não beberem o seu sangue, vocês não terão vida.”
“Eu sou o Pão da vida.”
1. PÃO VIVO
O evangelho proclamado hoje é a primeira parte do sermão de Jesus sobre o pão da vida (João 6, 41-51), e contém duas partes bem diferenciadas:
1ª ) a origem de Jesus e a fé nele.
2º) Jesus é o pão vivo que dá a vida a quem o come.
Os judeus criticavam Jesus porque dissera: "Eu sou o pão vivo descido do céu", e diziam: "Não é este Jesus, o filho de José? Não conhecemos seu pai e sua mãe? Como diz agora: que baixou do céu?
Numa boa lógica, as palavras de Jesus eram para eles uma louca arrogância. É o escândalo, sempre atual, da Encarnação de Deus na raça humana. Jesus reconhece que o mistério de sua pessoa não pode ser captado senão pelo dom da fé: "não critiquem, ou seja, não sejam incrédulos.
Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o atrair.... asseguro-lhes: aquele que crê tem a vida eterna".
Jesus fala no presente: aquele que corresponde à atração do Pai, aquele que crê, já tem a vida eterna.
A segunda parte do evangelho constitui o núcleo do sermão sobre o pão da vida. Mediante a fórmula de revelação "eu sou" como Yaveh, no Antigo Testamento
2. O PÃO PARTIDO - O GRANDE SACRIFÍCIO DE JESUS
a. A Figura do Trigo
As espigas eram colhidas e os grãos eram triturados e transformados em alimento para o povo.
b. Como a Bíblia Descreve o Sofrimento de Jesus
Salmo 22:1-2, 14-18; 69:21; Is. 53
Mateus 27:27-31, 34; João 19:34
c. O Sacrifício de Cristo como Prova do Amor por Nós
João 12:24 – para que vivêssemos.
3. QUE O DESCANDO DE AMANHÃ O SENHOR NOS DÊ HOJE!
Jesus é a fome que é saciada hoje! É o alimento para hoje. O alimento de amanhã nos dá hoje.
Jesus é o pão pois jamais despediu vazio aos que o buscavam. E pão aqui significa mais do que simplesmente alimentar. Significar olhar a pessoa por inteiro. E Jesus olhava conforme suas próprias palavras: "...amarás o teu próximo como a ti mesmo".
Jesus é o pão que alimentava os famintos, que curava os enfermos, que restaurava as pessoas caídas.
Mas, mais importante do que isso, Jesus é o alimento para a eternidade: "...se alguém dele comer, viverá eternamente".
Quem se alimenta de Jesus tem suas forças renovadas para enfrentar as dificuldades diárias e encontra forças para olhar o seu próximo e vê-lo por inteiro, sendo capaz de amá-lo e ajudá-lo em todas as suas necessidades diárias, tanto materiais como espirituais.
Quando Jesus ensina a amar o próximo como se ama a si mesmo ele quer dizer que a vida humana encontra sentido na doação.
3. COMER O PÃO DE DEUS É DIREITO. OFERECER O PÃO É PRIVILÉGIO
• Comer o pão de Deus é direito de todos aqueles que já experimentaram “o Pão que desceu do céu”. Esse pão está ao dispor de quantos desejarem saciar sua fome espiritual.
• Mas alguns, além de comer, podem servir o pão.
• Podem ir além do átrio, chegar até o céu e ministrar no altar.
• Mas bem aventurado é dar do que receber.
Jesus é o pão da vida.
Nele vivemos o espírito em detrimento da matéria, o coletivo em detrimento do egoísmo, o nosso em detrimento do eu.
Jesus é a resposta para a solução dos problemas da humanidade. Basta crer em Jesus e em suas Palavras. Quando a pessoa crê em Jesus é alimentada e sua vida muda. Assim tem forças para alimentar o próximo, tanto espiritual quanto material, e mudar a sua vida. É em Jesus que podemos evitar de ver cenas como a da criança se "alimentando" de terra, manteiga e água. Jesus é o pão espiritual que dá vida e através da vida consagrada do crente transforma-se em realidade concreta de ações de amor e doação.
Rev. Alberto Maciel Carneiro
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