terça-feira, 23 de março de 2010

'ORAÇÃO DO PAI NOSSO' p6


SÉRIE: ORAÇÃO DO PAI NOSSO – PARTE 6
Texto base: MATEUS 6.9-13
Texto áureo:
“...e perdoa-nos as nossas dívidas assim como nós temos perdoado aos nossos devedores” (RA)
“Perdoa as nossas ofensas como também nós perdoamos as pessoas que nos ofenderam.” (NTLH)

INTRODUÇÃO:
Estamos no sexto momento da oração do Pai nosso onde estamos buscando respostas para os anseios para nossa alma.
Nesta oração o Senhor Jesus apresenta a síntese de sua visão de Deus, de si mesmo, do mundo, e apresenta pra nós a estrutura através da qual nós compreendemos todas as coisas:
• A eternidade e o tempo,
• O céu e a terra,
• Deus e o Diabo,
• A maneira como relacionamos com Deus,
• A maneira como relacionamos com nós mesmo,
• A maneira como nos relacionamos com outras pessoas,
• A maneira como nos relacionamos com a vida,
• Aquilo que entendemos como prazer, sobrevivência, satisfação, realização, todas as coisas que são próprias do coração humano que estão expressas na oração do Pai nosso.

Jesus nos dá respostas para os grandes anseios espirituais do ser humano, que são suas necessidades básicas para sua vida espiritual e estrutural. Nisso vemos 4 grandes anseios e conflitos que vivemos: a busca de significado, a fome, o peso da culpa e o medo do mal.
O Senhor Jesus dá resposta a esses conflitos Circunstanciais e existenciais.

Em Mateus seis, apresentamos nosso foco no versículo 12, onde expressa a importância da iniciativa do Perdão.
Primeiro com o próximo, depois já serve de exemplo para com Deus.
Como o cristão deve tratar alguém que pecou contra ele? Não deve esperar que o pecador venha até ele, mas tomar a iniciativa da reconciliação. A necessidade do perdão não está relacionada à gravidade da falta cometida. Jesus nos ensina que devemos perdoar incondicionalmente.

Receber o perdão de Deus e passar esse perdão adiante são duas coisas que sempre vêm juntas:
• Mateus 5.23-25 – fala do conserto antes da oferta;
• Mateus 6.14,15 – fala do perdão de Deus condicionado ao nosso perdão aos homens;
• Marcos 11.25 – fala da oração em que se libera o perdão a alguém que lhe ofendeu.

Consultando a Palavra de Deus em Mateus 18.21-35, num diálogo que Pedro teve com nosso Senhor Jesus, podemos entender mais claramente o conceito do perdão.
Certamente, Jesus não colocou um limite numérico (490 vezes), mais Ele quis demonstrar com essa resposta que devemos ter sempre disposição para perdoar.
Jesus está ensinando que a nossa capacidade em perdoar está baseada no perdão total que nos foi oferecido por Deus, em Cristo Jesus (Cl 3.13; Ef 4.32).

1. O QUE NÃO É PERDÃO

Perdoar não é Esquecer
Há pessoas que realmente perdoam, mas não conseguem esquecer mentalmente e, por isso, acham que realmente nunca perdoaram.
É necessário fazer-se distinção entre esquecimento emocional e mental. Lembrar a ofensa de tal modo que ela continue a afetar o relacionamento emocional, não é perdoar. Porém, lembrar a ofensa como um fato consumado, sem significação ou efeito negativo em meu relacionamento, é perdoar.

Perdão não é sentimento
Deus nos dá uma ordem: Perdoai-vos mutuamente... (Cl 3.13). às vezes somos manipulados por nossas emoções e sentimentos. Eu também não senti vontade de perdoar meu amigo; afinal de contas, ele me feriu, ele deve me pagar. Perdão é um ato de fé baseado na ordem de Deus.

Perdoar não é voltar ao passado
Sempre que voltamos a pensar no que aconteceu, continuamos alimentando um ressentimento, uma amargura. Trazer o passado de volta é uma força destrutiva por que:
- já aconteceu;
- utiliza a energia emocional que a pessoa necessita para as exigências do dia-a-dia (Sl 32-1-5);
- é falta de entendimento sobre o perdão de Deus em suas vidas.

Perdão sem exigências
Perdão não é exigir mudanças, por parte da outra pessoa, antes de nosso perdão. Quando exigimos mudanças na vida de outra pessoa, nos colocamos no papel de juiz.

2. O QUE É PERDÃO

A dificuldade do Perdão
Creio que uma das coisas mais difíceis da vida cristã é perdoar; especialmente quando fomos profundamente feridos. Perdoar vai custar seu orgulho. É não exigir seus direitos. É não se vingar. Na realidade, é deixar a pessoa livre, nada devendo. É não querer que a pessoa pague pelo seu pecado.

Perdão é Consideração
É dar amor quando ela espera ódio. É dar compreensão quando espera raiva, vingança. É dar liberdade quando merece punição. É recusar buscar sua própria vontade.

Perdoar é Substituir
O Apóstolo Paulo afirmou este conceito quando em 2 Co 5.21 diz: “Aquele que no conheceu pecado, (Jesus Cristo) ele o fez pecado por nós”; (literalmente, Ele se tornou pecado por nós, isto é, em nosso lugar) “para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.”


3. O EVANGELHO DE JESUS É O EVANGELHO DO PERDÃO

O evangelho de Jesus não é o evangelho do aperfeiçoamento ou do auto-aperfeiçoamento. Mas é o evangelho do Perdão.
O evangelho de Jesus convida pessoas culpadas para lhes oferecer o perdão de Deus.
A religião de Jesus é a religião do perdão. Onde não há espaço para um relacionamento com Deus com base na justiça retributiva. Na religião de Jesus não cabe palavras do tipo “eu mereço”, “eu não mereço”.

A grande novidade do evangelho é que Deus me alcançou com sua graça.

Sempre Deus vai olhar pra você e vai tratar lhe tratar com base na cruz do calvário. Deus só nos olha através da cruz. Sem cruz não há perdão.
“Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e nos confiou à palavra da reconciliação.” (2 Co 5.19)



4. PERDÃO É DEUS É CÍCLICO – é uma ação relativa.

O perdão é cíclico porque estamos perdoando e sendo perdoado. É relativo. É repetido em uma certa ordem.
Pra lermos a primeira parte do versículo 12 (“perdoa as nossas dividas”) temos que entender a segunda parte (“assim como perdôo os meus devedores”).

Nós não conseguimos perdoar porque não conseguimos tirar a culpa de dentro de nós. Carregamos um senso de justiça retributiva que pensamos em pagar Deus com alguma coisa ou atitude pra podermos alcançar o perdão.
Na religião de Jesus eu perdôo e recebo perdão. Eu recebo perdão e perdôo.
Quem não consegue entender isso no reino de Deus e na ótica de Jesus, continuam sempre fazendo as mesmas perguntas
- “Ele fez isso? E ai? Vai ficar por isso mesmo?





5. O SENHOR JESUS NOS ENSINOU A ORAR COM O OBJETIVO DA CONFISSÃO

Porque é que as pessoas ainda se sentem culpadas. É porque ainda não o que é o que a bíblia diz sobre confissão. O que a Bíblia diz sobre confissão:
”Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar e nos purificar de toda injustiça.” (1 João 1.9).

Confessar é uma palavra que pode ser literalmente traduzida por homologar.
O que é homologar? É ratificar!
O que é homologar? É confirmar!
O que é homologar? É reafirmar a decisão! É autenticar o veredito!
Homologar é colocar embaixo um “de Acordo”. É dar aquiescência!

Essa confissão é trazer a luz diante de Deus o que faço com meu próximo. Oramos-nos na luz. Por isso que João diz que aquele que diz que não tem pecado está em trevas, mas aquele que diz que tem pecado e confessar está na luz como ele (Jesus) na luz está.

Deus trata conosco na luz. Porque ele é luz. Na luz temos que confessar nosso pecado pelo nome. Essa confissão genérica é mentirosa. Você tem estar sempre em Peniel – face a face com Deus. Chame seu pecado pelo nome. Confesse e deixa em nome de Jesus. Ele é fiel e justo para lhe perdoar.

Rev. Alberto Maciel Carneiro

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